Quando os MCs Willian e Duda, Mascote, Gil do Andaraí, Smith, Tikão, Katia, Alexandre, Bobô e Mulato se preparavam para sepultar G3, era a época de ouro do proibidão—uma parte de si mesmos—que eles enterravam com o amigo.
O funk proibidão é isso: rimas pesadas em batidões que mandam a realidade na cara. Vocabulário de favela sem papas na língua. Não é coloridinho como um funk do Naldo. O xarpi e o proibidão são amados e odiados pelos mesmos motivos.
Nacionalizamos o funk. Deixamos de usar os loops de fora. Começamos a criar os nossos aqui. Acho que basicamente foi isso. O ritmo inclusive mudou bastante. O Tamborzão mudou o jeito de criar as músicas. Ficou mais suingado eu diria, mais dançante, mais sensual.
A partir de 1988, 1989 começou essa coisa de fazer o funk, o nosso funk. E eu sou um dos responsáveis, que começou isso, junto com o Marlboro, que também estava nessa coisa de fazer funk em português. Ele tinha lá o movimento de uma maneira, e eu fazia de uma outra maneira.